30.11.06

Décimo terceiro aniversário, hoje









A Casa Fernando Pessoa celebra hoje treze anos de existência. Junte-se à (nossa) festa. Programa:

A PARTIR DAS 14H30
Exposição de manuscritos e objectos pessoais
Ofertas de aniversário (aos visitantes)
Distribuição de poemas
Música
Exposição “Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou”
[Kameraphoto]

A PARTIR DAS 21H30
Imagens
Filmes
Café literário & tertúlias
Visitas à Casa e ao Jardim
Autores lêem os seus textos:
Manuel António Pina, José Eduardo Agualusa, Pedro Mexia,
Luís Quintais, José Luís Peixoto, José Tolentino Mendonça

Traje informal. Será servida uma ceia.

Catalão Pere Gimferrer recebe Prémio Octavio Paz 2006












O poeta espanhol Pere Gimferrer foi o vencedor da oitava edição do Prémio Internacional de Poesia e Ensaio Octavio Paz, atribuído por uma fundação criada pela família do poeta mexicano, Nobel da Literatura 1991. O galardão, com uma dotação de 100.000 dólares (75.500 euros), é um dos mais importantes para autores de língua castelhana e será entregue na capital mexicana em 2007. Nascido em Barcelona há 61 anos, Gimferrer é um dos mais importantes autores da sua geração. Recebeu ao longo da sua carreira várias distinções literárias, com destaque para o Prémio Nacional de Poesia, o Prémio Nacional de Literatura, o Prémio da Literatura Catalã e o Prémio Cidade de Barcelona. (fonte: Diário Digital)

29.11.06

Instituto Português do Oriente recorda Fernando Pessoa

O Instituto Português do Oriente (IPOR) anunciou hoje a inauguração, quinta-feira, de uma mostra biobliográfica sobre Fernando Pessoa na galeria de exposições da Livraria Portuguesa.
A mostra, destinada a assinalar os 71 anos da morte do escritor, inclui cartazes biobibliográficos, em português e chinês, com aspectos da vida do poeta e o registo das obras da sua autoria pertencentes ao acervo do instituto. «Embora tenha deixado, em vida, apenas uma pequena parte da sua produção literária impressa, (...) Fernando Pessoa é hoje o poeta português contemporâneo mais estudado e traduzido, sendo a sua obra, repartida pelos seus múltiplos heterónimos, considerada uma das maiores revelações da poesia europeia do século XX», refere a nota do IPOR. (fonte: Diário Digital)

28.11.06

Raúl Guerra Garrido ganha Prémio das Letras Espanholas












O escritor Raúl Guerra Garrido foi distinguido com o Prémio Nacional das Letras Espanholas 2006, galardão que reconhece o conjunto da obra literária de um autor espanhol. Guerra Garrido, nascido em Madrid em 1935, publicou em 1969 o seu primeiro romance, Ni Héroe Ni Nada, ao qual se seguiram Cacereño, La Fuga de Un Cerebro e Lectura Insólita del Capital, com que ganhou o Prémio Nadal e que o consagrou. O Prémio Nacional das Letras Espanholas tem um valor pecuniário de 30 mil euros e é considerado o mais importante do género, em Espanha, logo a seguir ao Prémio Cervantes, que será anunciado quinta-feira. (fonte: Diário Digital)

27.11.06

Inédito de Philip K. Dick avança para publicação












Um romance inédito do norte-americano Philip K. Dick (1928-1982) vai ser publicado em Janeiro do próximo ano pela Tor Books, uma das mais conhecidas editoras norte-americanas de obras de ficção científica e fantasia. O título do inédito de K. Dick, Voices From the Street, foi escrito pelo autor entre 1952 e 1953, quando tinha apenas 24 anos. A acção passa-se nos anos 50 do século passado e o protagonista é Stuart Halley, um jovem especialista em electrónica insatisfeito com a vida que leva. Esse sentimento fá-lo mergulhar no sexo, primeiro, no fanatismo religioso, depois, e as consequências de tão desesperada busca de saída são a depressão e a loucura. Críticos literários que já tiveram acesso ao inédito descreveram-no como um dos livros mais realistas de Dick.
(fonte: Diário Digital)

A Musa na Casa










A Musa ao Espelho apresenta um espectáculo intenso e eclético com leitura de poemas originais. Os poemas interpretados por José Carlos Tinoco são acompanhados por Juca Rocha (piano); Ianina Khmelik (violino); Vanessa Pires (violoncelo); Fátima Santos (acordeão). Os temas compostos para cada um dos poemas acentuam a ambiência do texto, transportando o espectador através de uma viagem imaginária, visitando diferentes espaços físicos e emocionais. A poesia e a prosa poética que integram este espectáculo, foram propositadamente escritas para a Musa ao Espelho, à excepção do poema Recusa de António Maria Lisboa, para uma antologia, Pathos (livro+CD+DVD), que em Lisboa terá estreia ao vivo na Casa Fernando Pessoa: dia 27 de Novembro pelas 21h30. Os dois últimos suportes serão o resultado da gravação ao vivo no dia 24 de Julho na Casa da Música.

Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006)













Dele diz-se que a obra se confunde com a sua vida. Mário Cesariny, poeta e pintor, principal representante do surrealismo português, morreu ontem, em consequência de um cancro na próstata, cerca das 5h30 da madrugada, na sua casa, em Lisboa. Doente há vários anos, o seu estado de saúde havia-se agravado nos últimos dias. Tinha 83 anos. Da sua extensa obra literária sobressai a poética e o trabalho de antologista, compilador e historiador das actividades surrealistas. Dela fazem parte títulos como Corpo Visível, Manual de Prestidigitação, Pena Capital ou Antologia Surrealista do Cadáver Esquisito. Em 2002 foi-lhe atribuido por unanimidade o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas e, o ano passado, recebeu duas importantes distinções: o Grande Prémio Vida Literária APE/CGD, pelo conjunto da sua obra, e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, entregue pelo então Presidente da República Jorge Sampaio. Na pintura, o seu espólio foi doado a uma fundação de Famalicão, onde a autarquia prepara a construção de um Centro de Estudos do Surrealismo (CES). Prevê-se que as obras possam arrancar em 2009. (fonte: Público)

Convidamos


















Dia 28 de Novembro. Clique sobre a imagem para ler.

Encontro com Luís Sepúlveda












No lançamento dos Áudio-livros da MHIJ Editores.
Casa Fernando Pessoa│terça-feira│28 Novembro│21h30
O escritor será apresentado por Francisco José Viegas.

Nota: esta sessão mantém-se mas já não contará com a presença de Luís Sepúlveda, por motivos de saúde deste. Pelo facto, e também em nome da MHIJ Editores, apelamos à compreensão dos potenciais interessados.

24.11.06

Kureishi tem novas coisas para dizer








Com um filme, Venus, escrito por si e a estrear, Hanif Kureishi fala em entrevista ao Los Angeles Times do seu próximo projecto literário. Something To Tell You será protagonizado por um psicanalista que partilha os interesses de Kureishi: a questão racial, o sexo, a política, a psicanálise, a literatura, a televisão. O livro decorrerá entre a década de 70 e o dia 7 de Julho de 2005, data dos atentados bombistas no Metro de Londres. Esperamos para ler.

23.11.06

Duplo lançamento da Cavalo de Ferro na Casa Fernando Pessoa


















Björn Larsson e Birgitte Hölm (especialista na obra de Selma Lagerlöf) são os convidados de uma conversa, moderada pelo jornalista e crítico literário José Mário Silva, que se destina a apresentar os romances Long John Silver de Björn Larsson e A saga de Gösta Berling de Selma Lagerlöf (Prémio Nobel da Literatura). Dia 23 de Novembro pelas 18h30.

Qual o papel do Estado na cultura?














A sessão de Novembro dos Livros em Desassossego vai debater o papel do Estado na cultura. Participam na discussão a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, o cineasta José Fonseca e Costa, que tem em sala o filme Viúva Rica Solteira Não Fica, e o coreógrafo Rui Horta, responsável pelo projecto Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo. O painel é completado pela presença da editora Zita Seabra (Alêtheia), que vai falar de três livros recentes que não editou mas gostaria de ter editado, e do escritor Urbano Tavares Rodrigues, que apresentará o seu novo romance, Ao Contrário das Ondas (D. Quixote). Excepcionalmente, a edição de Novembro não se realiza, como é habitual, na última quinta-feira do mês. Desta vez, os Livros em Desassossego acontecem uma semana mais cedo, na Casa Fernando Pessoa, quinta-feira, dia 23, com início, como habitualmente, às 21h30 e a moderação de Carlos Vaz Marques. A entrada é livre.

Imagem: Rui Horta, Stage Works

Reflexão sobre o fazer poético












por THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
na Folha de S. Paulo, 21 Nov. 06

É comum considerarmos poético todo e qualquer conteúdo de teor subjetivo. Será que, para fazer poesia, basta sentir e escrever o que se sente? Os poetas modernos, que, muitas vezes, se debruçaram sobre o fazer poético, não raro transformando-o em assunto de poesia, dariam a essa questão uma resposta negativa. Fernando Pessoa, na célebre "Autopsicografia", afirma: "O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente". À primeira vista, os versos do poeta parecem uma armadilha semântica: como alguém finge que é dor uma dor que realmente sente? Se o sentimento é verdadeiro, por que fingi-lo? Aí está a chave para compreender por que nem sempre aquele sentimento posto no papel num momento de emoção resulta em poesia.
O fingimento de Pessoa é a elaboração. Em outro poema, diz ele: "Eu simplesmente sinto/ Com a imaginação". Existe um dado racional na construção do poema para que seja transmitida ao leitor a emoção sentida pelo poeta. Ler os sentimentos de alguém postos no papel pode não nos conduzir a um estado de sensibilidade apesar de toda a sinceridade do escritor. O segredo está em despertar no leitor uma emoção semelhante àquela sentida pelo poeta. Manuel Bandeira costumava "desentranhar" poesias dos jornais. Transformava em poesia aquilo que poderia ser lido como mais um fato corriqueiro. O grande exemplo está no conhecido "Poema Tirado de uma Notícia de Jornal" ("João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número/ Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro/ Bebeu/ Cantou/ Dançou/ Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.").
A percepção do poético dá-se pelo foco num personagem anódino, sem expressão na sociedade. Trata-se de uma pessoa humilde, sem um sobrenome que identifique a sua origem, sem local de trabalho fixo, sem endereço. Depreende-se do apelido e da seqüência de ações ser uma pessoa alegre e querida em seu meio. O destino trágico, que parece ter coroado um ritual dionisíaco, aponta para o caráter dramático da história, mas, no discurso jornalístico, a narrativa reduz-se à simples informação.
Ao retirar do jornal essa história e depurá-la, reduzindo-a aos seus elementos essenciais, Bandeira põe diante do leitor não mais um texto de objetivo informativo, mas um texto de conteúdo reflexivo. Nesse momento, atinge a poeticidade.

22.11.06

Prémio Alberto Pimentel atribuído a Baptista-Bastos












O escritor Armando Baptista-Bastos foi galardoado com o Prémio Alberto Pimentel, do Clube Literário do Porto, atribuído ao conjunto da sua obra, anunciou a editora ASA. O prémio, no valor de 15 mil euros, será entregue dia 28 de Dezembro. Baptista-Bastos, 72 anos, já publicou mais de uma dezena de títulos de ficção, entre os quais O Secreto Adeus (1963), Cão Velho entre Flores (1974), O Cavalo a Tinta da China (1995), Colina de Cristal (2000) e No Interior da Tua Ausência (2002). (fonte: Diário Digital)

Milton Hatoum ganha Prémio Portugal Telecom










O escritor amazonense Milton Hatoum recebeu esta terça-feira, em cerimónia na Casa Fasano, o primeiro prémio da 4º edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Hatoum foi premiado pelo seu livro Cinzas do Norte. O segundo lugar coube ao poeta santista Alberto Martins, pelo livro História dos Ossos, publicado pela Editora 34. Em terceiro lugar ficou o escritor Ricardo Lísias, com o romance Duas Praças, da Editora Globo. O presidente da Portugal Telecom, Shakhaf Wine, anunciou uma mudança no formato do prémio, que a partir do próximo ano vai aumentar não só as categorias literárias, mas englobar obras produzidas por escritores de língua portuguesa fora do Brasil. Os três vencedores desta edição receberam, respectivamente, R$ 100 mil (cerca de 34 mil euros), R$ 35 mil e R$ 15 mil e um troféu criado pelo artista plástico Paulo von Poser.
(fonte: Estado de S. Paulo)

Kameraphoto fica até 5 de Janeiro









Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou

Fotografias da Kameraphoto na Casa Fernando Pessoa

«Os 11 fotógrafos da Kameraphoto – agência e colectivo de fotógrafos freelancers activa desde Janeiro de 2003 – ocupam a casa toda e roubam um verso do poeta para apresentar o seu trabalho. Ao grande painel inicial que espelha o pulsar da vida e o projecto conjunto de a interrogar, sucede a ramificação dos itinerários pessoais pelos vários cantos do edifício, com uma estimulante pluralidade de interesses e olhares. Entre os projectos documentais, os retratos, as grandes “histórias”, os encontros singulares, os momentos íntimos ou as experiências da expressão (intenção) artística, suspendem-se as classificações e hierarquias, sempre num bem conseguido jogo de descobertas. As provas expostas foram impressas em papéis, tintas e impressoras Epson, e os resultados são excelentes, com prolongamento num catálogo que aposta na identidade colectiva do grupo. Passa por aqui muito do mais interessante que agora se faz por cá em fotografia.»

Alexandre Pomar in “Actual” Jornal Expresso 18/11/06

A exposição prolonga-se até dia 5 de Janeiro, podendo ser visitada de segunda a sexta das 10h às 18h, sendo que à quinta o horário é 13h/20h.

Para quem gosta de música







Cemitério de Pianos, de José Luís Peixoto, será apresentado por Rodrigo Guedes de Carvalho no dia 27 de Novembro, às 18h30, no Teatro São Luiz, com a participação musical da pianista Carla Seixas e com leituras de excertos por Miguel Seabra, Luís Castro e Romeu Costa. O programa tem complemento perfeito, às 21h30, na Casa Fernando Pessoa, com a actuação da Musa ao Espelho. Para quem gosta de música e de palavras.

21.11.06

Diálogos atlânticos: poesia portuguesa e brasileira dos últimos 10 anos











Apresentação a cargo de Luis Maffei e António Carlos Cortez. Dia 22 de Novembro, pelas 18h30, na Casa Fernando Pessoa.

Luis Maffei, poeta, lançou seu livro de estreia, intitulado A (editora Oficina Raquel, RJ), em 2006. É também compositor e músico. É bacharel em Letras pela UFRJ, a mesma instituição pela qual é mestre em Literatura Portuguesa, onde realiza o seu Doutoramento dedicado ao todo da poesia herbertiana (Herberto Helder).
António Carlos Cortez é licenciado em Estudos Portugueses pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Publicou três livros de poesia e um livro de crítica e pedagogia literárias: Ritos de Passagem (1999), Um Barco no Rio (2002), A Sombra no Limite (2004), pela Gótica, e Nos Passos da Poesia (2005). Colabora actualmente no Jornal de Letras, como crítico de poesia, e fez publicar diversos ensaios sobre literatura em revistas da especialidade: Relâmpago, Colóquio/ Letras e Mea Libra.

Imagens: os poetas Carlito Azevedo (Bra) e Luís Quintais (Por)

17.11.06

Da luta


















"Desde a separação com Veronique, há dois anos, a verdade é que não conheci nenhuma outra mulher; as tentativas falhadas e inconsistentes que fiz nesse sentido, como era previsível, deixaram-me de rastos. Dois anos parecem uma eternidade. Na realidade, sobretudo quando trabalhamos, passam depressa. Qualquer pessoa vo-lo pode confirmar: passa muito depressa.

Pode até ser, caro leitor, que você seja mesmo uma mulher. Não se preocupe, são coisas que acontecem. Em todo o caso, não retiro uma palavra daquilo que disse. Estou perfeitamente à vontade."

É um pequeno acontecimento literário deste final de ano. A Quasi apresenta a tradução do primeiro romance de Michel Houellebecq, entretanto adaptado ao cinema. 128 intensas páginas.

Veja o filme promocional, aqui.

Tinta do Japão












Em Underground, Haruki Murakami compõe as entrevistas que realizou a dezenas de vítimas do atentado de Tóquio com gás sarin, ocorrido na manhã de 20 de Março de 1995, e a vários membros da seita Verdade Suprema, tecendo uma narrativa em que procura compreender a relação entre o atentado e a mentalidade japonesa. Underground é uma novidade Tinta da China e foi traduzido por Susana Serras Pereira.

16.11.06

National Book Awards foram ontem entregues










A cidade de Nova Iorque foi ontem à noite palco da cerimónia de atribuição dos National Book Awards 2006. O livro The Worst Hard Time (Houghton Mifflin), de Timothy Egan, foi um dos premiados no Marriot Marquis, em plena Times Square. Egan recebeu o prémio de Melhor Não-ficção. Já o prémio de Melhor Ficção foi para The Echo Maker (FSG), de Richard Powers; e Nathaniel Mackey levou para casa o troféu de Melhor Poesia por Splay Anthem (New Directions). O último felizardo foi M.T. Anderson , autor de The Pox Party: The Astonishing Life of Octavian Nothing (Candlewick), Melhor Literatura para Jovens. (fonte: PublishNews)

Do meio












Do início de 2006 a finais de Junho do mesmo ano, Armando Silva Carvalho e Maria Velho da Costa decidiram pôr em correspondência uma cumplicidade de anos de convívio. Nomes de gente viva e morta, memórias de infância, leituras e notícias do quotidiano, exaltante ou sórdido. Amigos e inimigos. Perdas e danos. Escárnio e louvor. A amizade indefectível de dois autores de língua portuguesa à vista de quem quiser ler, sob a égide das Liaisons Dangereuses de Choderlos de Laclos. Lançamento no próximo dia 29, às 18:30h, no Hotel Altis (rua Castilho, Lisboa). O Livro do Meio (Caminho) será apresentado pelo Dr. António Mega Ferreira e pela Prof.ª Doutora Isabel Allegro de Magalhães.

15.11.06

Sessão de apresentação











No próximo sábado, dia 18 de Novembro, pelas 18.30, na Fundação Eugénio de Andrade, o livro de poemas A Moeda do Tempo, de Gastão Cruz (Assírio & Alvim), será apresentado pelo poeta e crítico brasileiro Luis Maffei. Serão lidos alguns poemas pelo autor.

14.11.06

O Dylan Thomas Award acabou em casa












Rachel Trezise, pela colecção de contos Fresh Apples, foi a vencedora do Dylan Thomas Award, atribuído a um escritor de língua inglesa com menos de 30 anos, e que pela soma de £60,000 (cerca de 90 mil euros) pode-se considerar um dos maiores prémios literários do mundo. Criado para celebrar a obra do cidadão mais distinto de Swansea, o prémio conta com o apoio da mais famosa filha da terra, a actriz Catherine Zeta-Jones, que já havia baptizado o seu filho com o nome do poeta. A lista de finalistas, divulgada o mês passado em Londres, incluía escritores do Zimbabué, Estados Unidos, Irlanda e País de Gales, acabando o prémio por ficar em casa. O júri foi constituído por Menna Elfyn, poeta de Gales, o escritor americano Paul Watkins e Simon Kelner, editor-chefe no The Independent. (fonte: Independent Online)

Kundera vende no seu país 30 anos depois












Milan Kundera está a ter grande sucesso no seu país, de onde saiu há 30 anos para o exílio de Paris. Só agora, o seu livro A Insustentável Leveza do Ser foi editado em Praga, República Checa, 22 anos depois da primeira publicação em Paris, e esgotou os primeiros 10 mil exemplares. O livro narra uma história de amor tendo em fundo a repressão da Primavera de Praga. A Insustentável Leveza do Ser foi publicado em checo em 1986, pela Sixty-Eight Publishers, uma editora de exilados checos no Canadá. Mas Kundera proibiria a edição das suas obras na língua materna, alegando que não tinha tempo para editar os textos. Kundera é também um desconhecido entre os seus compatriotas: ficou na 86ª posição, numa sondagem sobre figuras públicas checas. (fonte: Público)

13.11.06

Editores debatem futuro do livro na Gulbenkian









Quanto vale o mercado livreiro? Quantos livros se editam em Portugal? Como podem autores e editores enfrentar os desafios e as "ameaças" das novas tecnologias? Que efeito tem na edição uma política comercial que privilegia o best-seller e encurta drasticamente o tempo de vida (leia-se exposição) de um título nas livrarias? Que sentido faz no actual contexto uma lei com dez anos que fixa um preço para os livros? Como articular a participação portuguesa nas principais feiras internacionais? São muitas interrogações para um debate de dois dias à volta de uma questão: o futuro do livro. É esse o tema do 2.º Congresso de Editores Portugueses, que decorre hoje e amanhã na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma iniciativa da União dos Editores Portugueses (UEP) dirigida aos profissionais da edição e que este ano dedica especial atenção ao Plano Nacional de Leitura. (fonte: DN)

Asa lança marca dirigida por Francisco José Viegas













Será a quarta marca das Edições Asa a nascer em menos de um ano. Chama-se Babilónia, é editada por Francisco José Viegas e chega no final de Janeiro com um romance de Francisco Camacho, Niassa. Será o romance de estreia do jornalista e director da revista NS (do Diário de Notícias), e é característica desta marca apostar em novos autores. Manuel Alberto Valente, editor e director-geral da Asa, faz as apresentações da nova chancela: "A Babilónia vai-se centrar sobretudo em autores portugueses que ainda não tinham publicado", diz, ressalvando, no entanto, que estão previstas também obras de autores brasileiros. "Será uma marca com uma aposta numa escrita mais jovem", acrescenta. Assumida como uma chancela de pequena sequência, a Babilónia vai lançar um livro por mês. (fonte: Público)

11.11.06

Fotografia de Pessoa vendida por 8500 euros

Fernando Pessoa foi a grande estrela do 2.º Leilão de Fotografia realizado em Portugal. A fotografia do poeta português, tirada em 1898 em Durban, África do Sul (tinha o poeta 10 anos), foi vendida por 8500 euros, muito acima dos 800 pedidos em catálogo, fixando um novo recorde no recente mercado português dos leilões de fotografia. (fonte: Público)

10.11.06

Saramago e Gael Garcia Bernal farão leitura conjunta no México












O actor mexicano Gael Garcia Bernal e o escritor português José Saramago, Prémio Nobel de Literatura, realizarão uma leitura conjunta de passagens de As Intermitências da Morte, penúltima obra do escritor português, no fim deste mês, no México. Acompanhada com violoncelo, a leitura a duas vozes terá lugar no próximo dia 29, no Teatro Diana, na capital do Estado mexicano de Jalisco, disse a directora da Feira do Livro de Guadalajara, Nubia Macias. "Nós pedimos a Gael e Saramago. Ambos aceitaram", contou Macias, que disse desconhecer se eles já se conhecem pessoalmente. Porém, afirmou que Gael é "um grande leitor de Saramago" e que o escritor está familiarizado com o percurso artístico do protagonista de Amor Cão e A Má Educação. (fonte: Folha Online)

9.11.06

Prémio Luís Miguel Nava para Ramos Rosa












António Ramos Rosa, de 82 anos, foi distinguido com o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2006, referente à poesia publicada em 2005, pelo livro Génese seguido de Constelações (Roma Editora), anunciou a Fundação Luís Miguel Nava. O prémio, de 5000 euros, foi atribuído por unanimidade por um júri formado por Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Paulo Teixeira (todos da direcção da fundação) e um elemento convidado, o poeta Manuel António Pina, vencedor do galardão em 2003. Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães e Luís Quintais já receberam o prémio criado em 1997. Entre outras distinções, Ramos Rosa recebeu o Prémio Pessoa em 1988. (fonte: Público)

A entrega do prémio terá lugar dia 5 de Dezembro, na Casa Fernando Pessoa, em hora a anunciar.

8.11.06

REDIVIVO, comunicação por Luis Maffei












REDIVIVO: um poema de Herberto Helder para a continuidade da obra
Casa Fernando Pessoa, dia 9 de Novembro às 18h30

É notável a peculiaridade que possui o poema inédito de Herberto Helder publicado em 2001, dentro dum livro de nome Ou o Poema Contínuo. O próprio livro, apesar de não apresentar nenhum outro texto inédito, é notável dentro da bibliografia herbertiana, visto que apresenta uma espécie de nova possibilidade de ordenação duma poética que, desde 1973, vem reunida num volume – sempre aberto a inclusões e mudanças – intitulado Poesia Toda. Assim sendo, a leitura deste poema revela que se trata ele não apenas duma bela porta de entrada para a abordagem da poesia de Herberto Helder, mas também de um texto onde se encontram diversas das linhas de força da poética inteira do autor.

Luis Maffei (Brasília/ DF, 1974), poeta, lançou seu livro de estreia, intitulado A (editora Oficina Raquel, RJ), em 2006. É também compositor e músico, tendo lançado, em 2005, o disco Na Mesma Situação de Blake, em parceria com Marcelo Gargaglione. É bacharel em Letras pela UFRJ, a mesma instituição pela qual é mestre em Literatura Portuguesa – tendo defendido a Dissertação de Mestrado Do mundo, de Herberto Helder – e onde também realizou o seu Doutoramento, que se dedica ao todo da poesia herbertiana. Ainda na Faculdade de Letras da UFRJ, leccionou Literatura Portuguesa em 2004 e 2005. É ensaísta literário, com trabalhos publicados em publicações especializadas como as revistas Camoniana e Metamorfoses.

Rencontres littéraires portugaises em Nantes












Com o objectivo de divulgar a literatura e a cultura portuguesa em França, estes encontros irão reunir, de 10 a 12 de Novembro, em Nantes, vários escritores, tradutores e editores portugueses e franceses em torno de debates, leituras, projecções de filmes, concertos e mesas redondas. O programa pode ser consultado aqui.

Lançamento












“Talvez o livro que mais me tenha impressionado.” ( Luis Buñuel )

Setembro de 1939. A Polónia é invadida pelas tropas de Hitler. Uma criança sem nome é enviada pelos pais para uma aldeia incógnita, algures numa floresta junto à fronteira com a Rússia. Mas a porta para a fuga será a entrada num mundo de sonho... e de pesadelo.

O clássico e mais famoso romance de Jerzy Kosinski é editado pela Livros de Areia na próxima semana.

Apresentações 16/11:
16:00 horas. David Soares (escritor) Biblioteca Orlando Ribeiro, Telheiras (incluído no programa do Fórum Fantástico 2006);
21:00 horas. José Mário Silva (jornalista e escritor) FNAC Colombo

Todos os Mares: Festival de Poesia



















A Casa Fernando Pessoa, em colaboração com o Instituto Cervantes, organiza o Festival Todos os Mares, Todos los Mares, Festival Ibero-Americano de Poesia, que decorrerá de 8 a 10 de Novembro nestas duas instituições, com várias sessões, onde estarão presentes 4 poetas – 2 poetas portugueses e 2 poetas de língua castelhana – para lerem os seus poemas e falarem da sua poesia. O Festival nasce com a vocação de intensificar o diálogo poético entre as línguas da península, que viajaram por todos os mares.

Programa:
8 de Novembro
18.30 – Sessão no Instituto Cervantes
Luís Quintais
Ana Luísa Amaral
Luis Alberto de Cuenca
Andrés Sánchez Robayna


9 de Novembro
18.30 – Sessão no Instituto Cervantes
Maria do Rosário Pedreira
Manuel António Pina
Eugenio Montejo

Luis Muñoz

21.30 – Sessão na Casa Fernando Pessoa
Nuno Júdice
Gastão Cruz
María Victoria Atencia
Pere Rovira


10 de Novembro
18.30 – Sessão no Instituto Cervantes
António Osório
Rosa Alice Branco

Eloy Sánchez Rosillo
Darío Jaramillo Agudelo


12 de Novembro
19.30 - Concerto: Tordo canta Nobel
Fernando Tordo, João Maló e Josep Mas "Kitflus" (Informações e Bilhetes: Teatro S. Luiz)

A entrada é livre. Excepto para o concerto que dia 12 assinala o fim do Festival.

Antígona publica W. Blake












Quatro Visões Memoráveis inclui quatro livros de William Blake (1757-1827), originalmente gravados, impressos e iluminados entre 1790 e 1795: O Casamento do Céu e do Inferno, Visões das Filhas de Albion, O [Primeiro] Livro de Urizen e O Livro de Ahania. Estes quatro poemas integram-se no ciclo de livros iluminados que a Antígona tem vindo a publicar. Além do texto inglês, a edição reproduz 32 gravuras a cores.